quinta-feira, 11 de abril de 2013

CISTOS RENAIS E POLICISTICOS

O nefron é a unidade funcional do rim. O nefron, anatomicamente, é constituído de um filtro, o glomérulo e de túbulos que levam a urina até a pelve renal. Desta, através do ureter, a urina chega até a bexiga. Os cistos renais são dilatações de alguma porção do nefron.
Eles se desenvolvem e crescem em razão:
 

Do aumento da pressão dentro do rim,
  • Do aumento do gradiente das soluções salinas que banham o nefron e


Das obstruções de graus variados, que ocorrem em qualquer lugar do nefron.

Os cistos podem ocorrer em um ou nos dois rins e são, quase sempre, em pequeno número e de tamanho menor que 3 cm. Quando todo o rim é tomado por incontáveis cistos, de tamanhos variáveis, chama-se rim policístico.
Tratamento
Não existe tratamento específico, depende dos sinais e sintomas que o paciente apresenta. O portador de cisto deve ser acompanhado anualmente para prevenir eventuais complicações (hematúria, cálculo, infecção) e evitar que alguns cistos com crescimento exagerado possam provocar obstrução e sofrimento ao parênquima renal. A maioria deles acompanha a pessoa por toda a vida, sem causar nenhum problema médico.
 Rins policísticos?
Os rins policísticos nada mais é do que uma doença renal que causa desordem genética e esta relacionado com vários cistos nos rins, quando ocorre os cistos nos rins podemos ter uma série de problemas, devido ao aumento que ocorre nos rins e por isso ocorre de algumas vezes os rins falharem  levando a necessidade de diálise.


RESPOSTAS AS DUVIDAS NA HEMODIALISE


O que é o peso seco?
O peso seco é o peso de uma pessoa sem liquidos a mais, nem a menos. Será o peso com o qual o doente se sente bem, e abaixo do qual desenvolve hipotensão ou caimbras. Este peso é possivel determinar após tratamento por hemodiálise. Assim, no fim de uma diálise em que estivemos com caimbras ou hipotensão devemos estar no peso seco ou perto. Quando chegámos no início da semana com pés inchados ou falta de ar devemos estar muito acima do peso seco.

Como se faz para retirar liquidos na diálise?
Para retirar liquidos na diálise o sangue no filtro é sujeito a uma pressão que obriga a água a sair para o banho de diálise. Esta pressão chama-se pressão de ultra-filtração.

O que faz a diálise para além de retirar a água?
A diálise tem dois aspectos importantes e relativamente separados. Um, é a retirada de água que já se falou. O outro é a diálise em si, ou seja, a limpeza do sangue dos produtos tóxicos que se acumularam no corpo entre as diálises.


O que é um filtro , como funciona?
O filtro é constituido por dois espaços, um onde circula o sangue e o outro onde passa o banho. Eles estão separados por uma membrana tipo rede que pode ser constituida por diferentes materias, rede esta que pode ser mais fechada ou mais aberta, e através da qual passam os produtos a dialisar.

Que tipo de filtros e membranas há?
Actualmente quase todos os filtros são de fibras ocas. Os de Placas são raramente usados. Os filtros diferem muito no que diz repeito ao tipo de membranas que empregam. Antigamente quase todos os filtros tinham membranas de celulose. Hoje estão disponiveis membranas sintéticas mais compativeis com o nosso organismo.
A grande vantagem deles é que são melhores para os doentes, e por outro lado alguns deles permitem fazer o que se chama de diálise de Alto Fluxo e Hemodiafiltração.

Há alguma maneira de se saber quanta diálise temos que receber?
Há! A diálise pode ser encarada como um medicamento. Cada doente deve receber uma dose adequada, porque doutro modo andará mal dialisado. Isto pode acontecer mesmo que o doente não sinta nada. As consequências de uma má diálise só são vistas a médio e longo prazo.

Qual é a dose (KTV) que devemos receber?
A diálise para ser adequada deve fornecer um KTV superior ou igual a 1.4. Este valor pode ser consultado no resultado das análises que o médico dá a cada doente no principio de cada mês. Por ai cada doente pode verificar como anda a sua diálise.
É claro que quanto maior for o KTV melhor para o insuficiente renal.

O KTV é suficiente para se saber que se anda bem dializado?
O KTV só nos diz como foi a diálise que fizemos quanto à eficiencia como removemos pequenos solutos, como a ureia, e portanto não chega para avaliar a diálise. No tratamento que fazemos, quanto mais nos aproximarmos do funcionamento do rim normal, melhor. Grandes flutuações de peso e de tóxicos no sangue são muito prejudiciais, lesando o coração e pondo em marcha um conjunto de processos regulatórios que acabam por lesar todo o organismo. O nosso corpo não está preparado para este tipo de funcionamento.

Por isso, quanto mais vezes fizer diálise melhor. Quanto mais longas e suaves forem as diálises, melhor. Por isso, a diálise longa nocturna é a melhor forma de diálise.

Débito , qual o interesse de altos débitos?
O débito é a quantidade de sangue que circula no filtro por minuto. Quanto maior for o débito , mais vezes ele passa no filtro e maior a quantidade de produtos que são dialisados.

Porque se usa Heparina na Diálise?
Dentro dos vasos sanguineos existem substâncias que impedem a coagulação do sangue. Quando o sangue sai dos vasos e entra em contacto com outras superficies ele coagula. A Heparina é utilizada para evitar que o sangue coagule quando circula nas linhas e filtro.

Porque é que se colhe tantas análises?
Para além do interesse das análises para verificar se o filtro dialisa bem , se o tempo de dialise é adequado ( KTV ), as análises mensais servem para se saber se é necessário alterar a medicação, se a dieta está a ser apropriada ou se houve erros alimentares ( potássio e fósforo altos ), etc.

Peso inter-dialitico, o que é?
O peso inter-dialitico é resultante da ingestão dos alimentos e liquidos após a diálise, e até à diálise seguinte. É o peso acima do peso seco. Aumentos de peso excessivos prejudicam os vasos e coração e aumentam as complicações durante a diálise principalmente agora que as diálises são mais curtas.

O aumento ideal entre as diálises deve ser inferior a 2.5-3Kgs, ou seja, até 4% do peso corporal. Mas, quantos menos, melhor.


segunda-feira, 25 de março de 2013

Os RIM- Para crianças entender

Segue abaixo um video em 3 partes sobre como os RIM´s funcionam...
Bom divertimento.

PARTE 1


PARTE 2


PARTE 3



Divulgem aos amigos e principalmente as crianças... a boa conscientização começa bem cedo...

sábado, 16 de março de 2013

Principais complicações dos cálculos


 
Infecção urinária
Obstrução urinária: perda do rim por destruição obstrutiva e/ou infecciosa
Insuficiência renal crônica
Hipertensão arterial
Complicações cirúrgicas nas retiradas dos cálculos
Complicações da litotripsia (hematúria, destruição de tecido renal, hipertensão)
Como se trata?
Tomar bastante líquidos é o principal item do tratamento, visando reduzir a concentração e supersaturação dos cristais urinários, e dessa forma, diminuir a formação de cálculos.
O ideal de tratamento é suprimir a recorrência e evitar que os cálculos existentes cresçam. Como os cálculos têm origem heterogênea e freqüentemente são manifestações de doenças multissistêmicas, é impossível haver um só esquema terapêutico. Por isso, o tratamento é diversificado e prolongado, requerendo o comprometimento permanente do paciente. Após seis meses de tratamento, deve-se repetir a seqüência de exames para avaliar a eficiência da ação terapêutica. A revisão é fundamental para ajustar as medidas usadas no controle da recorrência e estimular o paciente na continuidade do tratamento.
Os cálculos maiores de 0,8 cm não saem espontaneamente, por isso é necessária a intervenção do urologista para a retirada do cálculo por métodos cirúrgicos ou métodos extracorpóreos, endoscópicos ou litotripsia.
 

PEDRAS NOS RINS


PEDRA NOS RINS
 
O que é?

O homem expele pela urina grandes quantidades de sais de cálcio, ácido úrico, fosfatos, oxalatos, cistina e, eventualmente, outras substâncias como penicilina e diuréticos. Em algumas condições a urina fica saturada desses cristais e como conseqüência formam-se cálculos. Não é um fenômeno raro até a idade de 70 anos. Aproximadamente 12% dos homens e 5% das mulheres podem ter, pelo menos, um cálculo durante suas vidas. A primeira década da vida não está imune ao surgimento de cálculos, havendo um pico de incidência entre quatro e sete anos de idade. A doença é mais comum no adulto jovem, em torno da 3 ª ou 4 ª década de vida, predominando na raça branca e não havendo diferença de sexo. A recorrência é mais comum no adulto jovem, 15% em um ano, 40% em até 5 anos e 50% em até 10 anos. A população negra tem menos litíase renal que a branca.



Como se desenvolve?

A formação de cálculos é um processo biológico complexo, ainda pouco conhecido, apesar dos consideráveis avanços já realizados. Hoje, constata-se que mudanças nos regimes alimentares, promovidas pela industrialização dos alimentos, mais ricos em proteínas, sal e hidratos de carbono, aumentaram a formação de cálculos. 
 
Todo o indivíduo produtor de cálculos tem envolvimento com um ou mais fatores geradores de cálculo: 
 
Epidemiológicos (herança, idade, sexo, cor, ambiente, tipo de dieta)
Anormalidades urinárias (saturada de sais, volume diminuído e alterações do pH)
Ausência de fatores inibidores da formação de cálculos (citrato, magnésio, pirofosfato, glicosaminoglicans, nefrocalcina, proteína de Tam Horsfall)
Alterações metabólicas (calcemia, calciúria, uricemia, uricosúria, oxalúria, cistinúria, citratúria, hipomagnesúria)
Alterações anatômicas e urodinâmicas Infecções urinárias
As anormalidades da composição urinária têm, no volume urinário diminuído, o principal fator na formação de cálculos. Fruto de uma hidratação inadequada, esta pode ser a única alteração encontrada em alguns portadores de litíase. O volume urinário permanentemente inferior a 1 litro ocorre por maus hábitos alimentares ou por situações ambientais como clima muito seco, atividades profissionais em ambientes secos (aviões, altos fornos) que favorecem a supersaturação urinária de sais formadores de cálculos. 
 
Principais tipos e componentes dos cálculos renais: 
 
CÁLCIO:
Mais de oitenta por cento dos pacientes formam cálculos de cálcio. A maioria destes têm cálcio aumentado na urina (hipercalciúria) e/ou cálcio aumentado no sangue (hipercalcemia).
 
MAGNÉSIO:
É um elemento que participa na urina como inibidor da cristalização. Por isso, quando se encontra o magnésio urinário inferior a 50 mg/24h (magnesiúria), a formação de cálculo poderá ser facilitada.
 
OXALATO:
Mesmo com o oxalato urinário normal, alguns cálculos de cálcio têm oxalato na sua constituição.
 
CISTINA:
Como a cistina tem pouca solubilidade na urina, ela propicia a formação de cálculos por supersaturação.
 
ÁCIDO ÚRICO:
Os cálculos de ácido úrico puro ocorrem em cerca de 5% da população mundial, com exceção da zona mediterrânea e dos países árabes, onde as taxas podem atingir até 30%. Vinte e cinco por cento dos pacientes gotosos podem apresentar cálculos de ácido úrico.
 
CITRATO:
Uma excreção diária menor do que 450 mg é considerada hipocitratúria. As crianças, mulheres e idosos excretam mais citrato. Hipocitratúria isolada, como agente formador de cálculo, ocorre em cerca de 5% das nefrolitíases, podendo ser esta a única alteração metabólica encontrada nestes pacientes.
 
O que se sente e como se faz o diagnóstico?

A litíase pode ser assintomática, reconhecida somente em exames ocasionais. Na maioria das vezes, a litíase se apresenta com manifestação de dor (cólica) e hematúria. Muitas vezes, os cálculos podem obstruir a via urinária. A cólica renal é o sintoma agudo de dor severa, que pode requerer tratamento com analgésicos potentes. Geralmente, a cólica está associada a náuseas, vômitos, agitação. A cólica inicia quase sempre na região lombar, irradiando-se para a fossa ilíaca, testículos e vagina. No sedimento urinário, pode-se observar hematúria que, com a dor em cólica, nos permite pensar na passagem de um cálculo. A investigação clínica, na fase aguda, inclui além do exame comum de urina, um RX simples de abdômen e uma ecografia abdominal. 
 

O que é acido urico


Ter ácido úrico circulando nas veias é normal...é um resíduo que o nosso metabolismo deixa da quebra das moléculas da proteína...mas ter ele em excesso pode causar um monte de coisa...gota, artrite, diabete, cálculo renal, insuficiência renal aguda e crônica e etc...a crônica surge quando o acido úrico em excesso e sem controle por algum tempo vai se acumulando no rim e formando fibrose...até onde eu entendo disso é como se as células do rim ficassem sobrecarregadas, se arrebentassem e cicatrizasem virando músculo...ou fibra...algo assim...mas também não tenho certeza, apenas falei o que eu acho...mas isso não interessa para você que ta em hemodiálise...o mais importante mesmo é tentar evitar esse monte de outras coisas...gota e e artitre por exemplo...e cálculo renal que dói pra chuchu.

Para evitar o excesso de Ácido Úrico o melhor é comer só carne de boi e vaca (carneiro e porco não é boi ok)...evitar aves e peixes na maioria (miudos também)...até da pra comer galinha e lagosta...mas é melhor evitar...quando for comer carne que seja cozida e sem a água do cozimento...e também tem que tomar cuidado com alguns legumes tipo ervilha, feijão, grão-de-bico, aspargo e lentilha. Ah e também evitar exercícios físicos muito intensos...não sei bem porque mas acho que a quebra da proteína em exercícios muito fortes devem liberar mais resíduos desse tipo...e por último se você tem gota não deve beber alcool com ácido úrico alto (ninguém deve beber na hemodiálise mesmo) que causa a formação de cristais que vão parar na corrente sanguínea beleza.
Se quiser saber dá pra comer doces, leite e derivados, ovos, vegetais tipo folha (espinafre nem tanto), chás, chocolate (se tiver em hemodiálise melhor não) e derivados de milho, trigo, fubá, mandioca e batata (mais uma vez se tiver em hemodiálise melhor não também).

Peso Seco

O peso seco não tem realmente uma medida exata, é uma medida de quanto deve ser seu peso ideal com relação a altura, o quanto de peso você começa a hemodiálise, como você parece estar inchado...se você urina ou não...mas vale sempre pedir quando está para começar a tirar peso em hemodiálise para fazer uma medida de quanta água você tem em média no corpo, o ideal é cerca de 54%...é um exame simples que a nutricionista deve fazer na clínica.
Mas a idéia básica é encontrar um peso alvo para atingir na hemodiálise e que serve para tirar o exesso de água no sangue que não foi filtrado e eliminado pela urina para não provocar entre outras coisas edema pulmonar por exesso de água no pulmão. Geralmente se você sente falta de ar precisa baixar o peso e se sente câimbras deve aumentar o peso seco.

O Potassio

O potássio é responsável pela manutenção da turgescência celular, controle da abertura e fechamento dos estômatos e osmorregulação celular. É requerido para a síntese de proteínas, para o metabolismo dos carboidratos e lipídios, sendo ativador de um grande número de enzimas. Em plantas deficientes em K, a síntese protéica, fotossíntese e expansão celular são impedidas e ocorre a morte da célula. O potássio move livremente no floema e é exportado das folhas mais velhas para as mais novas, razão pela qual o sintoma de deficiência se manifesta primeiramente nas folhas mais velhas.

Uma coisa muito importante para quem faz hemodiálise é tomar cuidado com os níveis de potássio não subirem muito...o potássio é filtrado na máquina, mas assim mesmo o potássio pode subir muito rápido sem o funcionamento adequado dos rins e causar parada cardiaca por exemplo...então fique de olho em algumas frutas e verduras ricas em potássio. Tem vários exemplos de frutas ricas em potássio...banana, frutas seca, abacate, uvas, laranja, melão, pêra, damasco, kiwi, sucos de fruta...e algumas verduras como beterraba, cogumelos, batatas, bambu, tomate, abóbora e espinafre. Além das frutas e verduras vale também tomar cuidado com os alimentos integrais e alguns cereais como feijão, ervilha e lentilha. Mas tem algumas técnicas para retirar o potássio dos alimentos, o seguinte...lave, descasque e corte em pedaços pequenos, coloque de molho por 2h, jogue a água fora, lave novamente e ponha em água limpa, cozinhe por 15 min e jogue a água fora, cozinhe normalmente em outra água, jogue fora a água do cozimento.

ps.: se quiser saber algumas frutas e verduras com pouco potássio tem algumas como...alface, escarola, agrião, pepino descascado, pimentão, broto de feijão, repolho cru, limão, pêra enlatada(sem o caldo), caju, maracujá, jabuticaba.

ps2.: Carne e Leite parece que também tem bastante potássio, mas se você quer saber...vale mais a pena comer carne mesmo é para não ficar anêmico...e se bobear maluco sem saber o que comer.



Deficiência de potássio (hipocalemia):

  • Vômitos,
  • distensão abdominal,
  • íleo paralítico,
  • redução ou ausência de reflexos,
  • parestesia, dispnéia,
  • hipotensão, dilatação cardíaca,
  • arritmia.

Excesso de potássio (hipercalemia):

  • Paralisia muscular,
  • distúrbios cardíacos,
  • confusão mental,
  • parestesia.





terça-feira, 12 de março de 2013

DIA MUNDIAL DO RIM 14/03/2013



No próximo dia 14/03 será comemorado mais um Dia Mundial do Rim. Serão realizadas
atividades em todo o mundo reforçando o papel fundamental dos rins na manutenção do
equilíbrio do nosso organismo. Os rins removem os produtos indesejados do corpo (lixo)
filtrando o sangue como uma máquina de lavar. A cada dia 180 litros do nosso sangue são
filtrados e o sangue é lavado continuamente.

O tema da campanha de 2013 será: “Pare de agredir seu rim”.
A doença renal é uma enfermidade complexa e fatal.
Estudos populacionais em diferentes países têm demonstrado prevalência de doença renal
crônica de 7,2% para pessoas acima de 30 anos e 28% a 46% em indivíduos acima de 64
anos.


Mesmo em estágios iniciais, a chance de morrer por doença cardiovascular é 46% maior
em portadores de doença renal, sendo de 136% no estágio moderado da doença. Já nos
pacientes em diálise, a mortalidade eleva-se de forma assustadora: uma pessoa de 30
anos tem a mesma chance de morrer que uma de 80 anos.

No Brasil, cerca de dez milhões de pessoas têm alguma disfunção renal. A prevalência de
doença renal crônica é de 50/100.000 habitantes, inferior ao que é visto nos Estados
Unidos (110/100.000) e no Japão (205/100.000), o que sugere que seja uma doença
subdiagnosticada no nosso meio.

De acordo com o último censo da Sociedade Brasileira de Nefrologia existem em torno de

100 mil brasileiros em diálise, com uma taxa de internação hospitalar de 4,6% ao mês e
uma taxa de mortalidade 17% ao ano. A grande maioria dos pacientes falece sem sequer
ter acesso a essa terapia, por falta de diagnostico.

O custo anual somente com a terapia renal substitutiva é mais de dois bilhões ao ano.
As principais causas de perda da função renal no nosso meio são a hipertensão arterial
(35% das causas), diabetes mellitus (28,5%) seguidas das glomerulonefrites (11,5%).
Outro dado alarmente segundo o Vigitel 2011, considerando a população brasileira maior
de 18 anos, 23% é hipertensa, 5,6% diabética, 18% fumante, 48% estão com excesso de
peso e 16% são obesos (IMC>30 Kg/m²). Todos estes são fatores de risco que
contribuem para a perda de função renal.


Em 2012 foram realizados 5.385 transplantes renais no Brasil, sendo 1.488 de doadores
vivos e 3.897 de doadores falecidos. Estima-se que em torno de 32.000 pacientes estão
na fila de espera aguardando um transplante renal
O diagnóstico precoce pode conter o avanço da doença
A doença renal crônica pode ser facilmente diagnosticada por meio de um exame de urina
e da dosagem de creatinina no sangue e pode ser efetivamente tratada, retardando a
progressão da doença e reduzindo as mortes e os custos.

O fato de responder sim a uma destas gestões deve-se perguntar ao seu médico se seus
rins estão OK.

As oito regras de ouro da campanha mundial:
1) Saiba sua pressão arterial.
2) Controle o açúcar no sangue.
3) Faça atividade física.
4) Confira o seu peso e a sua dieta.
5) Beba água.
6) Não fume.
7) Não use remédios sem orientação médica.
8) PARE DE AGREDIR SEU RIM E FIQUE SABENDO: SEUS RINS ESTÃO OK?


Estão sendo programadas atividades em todo o território nacional, com mais de 300
localidades já cadastradas na Sociedade Brasileira de Nefrologia.
Serão realizados atendimentos à população, com verificação de pressão arterial, medidas
de glicemia capilar e exames de fitas de urina para a detecção de sangue e albumina
(proteína). Será distribuído material informativo e haverá palestras dirigidas à população
abordando as funções dos rins, as principais situações de agressão renal, e principalmente
orientações de como prevenir as lesões renais.


Estaremos incentivando também a iluminação dos principais monumentos, edifícios
públicos e marcos históricos na cor amarela ouro, escolhida como a cor da campanha
deste ano.

Na cidade de São Paulo estão programadas atividades de atendimento e orientação à população em 13 Unidades Básicas de Saúde (UBS) e no Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE). Está previsto o atendimento de pelo menos 400 pessoas em cada UBS e 1.200 no HSPE.

Outra expectativa é que nesta data seja lançado o Plano de Cuidados da Linha
Renocardiovascular, plano este que vem sendo elaborado em conjunto com o Ministério
de Saúde e a Sociedade Brasileira de Nefrologia, visando atendimento integral do paciente
portador de doença renal.

O acompanhamento destes pacientes deve ser realizado na Atenção Primária, com
critérios de encaminhamento para os especialistas e com a criação da rede de acesso
dialítico (acesso vascular e peritoneal) com integração com a rede de internação hospitalar.
O papel fundamental neste Dia Mundial do Rim será a orientação da população e a
conscientização da classe médica e de nossos gestores sobre a importância da prevenção
das doenças renais e do diagnóstico precoce.

Não podemos continuar vivenciando esta dura realidade onde em torno de 75% dos
pacientes que iniciam a terapia renal substitutiva desconhecem

Fonte: http://www.sbn.org.br